MANIFESTO

POR UMA REVOLUÇÃO SOLIDÁRIA

Vivemos um dos momentos mais dramáticos da nossa história! A combinação da maior crise desta geração – a pandemia da Covid – com um governo de extrema-direita e neoliberal deixou o Brasil sem rumo, sem perspectivas, refém da morte e do desastre social.  

Por outro lado, o ciclo que se abriu com o golpe de 2016 e foi coroado com a eleição de Bolsonaro mostra sinais de esgotamento mais cedo do que muitos previam. O agravamento da crise sanitária e econômica, a derrota de Trump nos EUA e as eleições municipais de 2020 colocaram em xeque as condições que levaram Bolsonaro ao governo.  

A esquerda tem a oportunidade de se apresentar como alternativa para a reconstrução nacional. Mas para isso, precisamos tirar as lições das batalhas dos últimos anos e do ciclo de governos progressistas no país. Reconhecer seus avanços, aprender com seus erros e olhar para o futuro, reconectando nosso vínculo com a juventude e o sentimento popular. Precisamos trilhar um caminho renovado.  

Entendemos que o PSOL é o espaço partidário que melhor pode representar esse projeto de esquerda renovada no Brasil. Por estar aberto a movimentos, lutas, ativismos e expressões da diversidade; por estar aberto a uma construção coletiva; por juntar combatividade, defesa dos princípios socialistas e disposição de unidade.

O maior desafio hoje é construir uma organização popular, enraizada nas periferias e interiores, em que o povo mais pobre e sofrido se sinta representado. Não podemos nos contentar em pregar para convertidos nas bolhas progressistas.  Não podemos ter uma linguagem incapaz de dialogar com o povo. Nem consumir a energia e o tempo de uma geração entusiasmada de militantes em disputas internas pequenas e descoladas da realidade.

As eleições de 2020 mostraram que podemos avançar neste caminho. Em São Paulo, a candidatura Boulos e Erundina teve mais de 2 milhões de votos e representou uma esperança de renovação em escala nacional. E o nosso melhor resultado foi na periferia, a mensagem chegou onde queríamos. Ganhamos os corações da juventude, que, em sua ampla maioria, aderiu ao nosso projeto. Há toda uma geração aberta para o novo.

Em Belém, o PSOL venceu com Edmilson, numa experiência de unidade da esquerda que deve deixar lições. E a vitória de Belém deve nos atentar para a necessidade de uma construção popular de esquerda priorizar o Norte e Nordeste do país. Essas experiências são exemplos de que é possível combinar amplitude e princípios. Este é o desafio do Movimento por uma Revolução Solidária: construir coletivamente um PSOL popular, para transformar radicalmente o Brasil!

Nosso movimento tem referencia no trabalho popular e periférico do MTST, na luta dos trabalhadores e trabalhadoras, dos camelôs, feirantes, precarizados, informais. Nas lutas das mulheres, negros e negras, lgbts, povos indígenas e da floresta. Na combatividade de mandatos que resistem nos parlamentos tão dominados pelo atraso. Na luta pela ciência, pela cultura, educação e saúde. No combate a fome e em defesa do meio ambiente.  

Lutamos pelo fim das desigualdades que estruturam esse sistema injusto e desumano. Defendemos a vida! É chegada a hora de uma revolução solidária!

VEM COM A GENTE CONSTRUIR ESSE CAMINHO!

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